quinta-feira, agosto 03, 2006

AS OPINIÕES DO "MUNDO" - SERVEM A QUEM?



Aquilo que podemos observar cada vez mais através das opiniões do "mundo" que diariamente nos são transmitidas pela comunicação social é que elas são habitualmente moralmente erradas. Politicamente correctas, é claro, mas desprovidas de qualquer sentido de justiça e muito menos de moral.

A "opinião mundial" tem pouco ou nada a dizer acerca dos maiores males deste mundo e normalmente condena aqueles que lutam contra o mal.

A história da "opinião mundial" relacionada com os grandes homicídios em massa e crueldades no planeta revela uma implacável indiferença. Se não acredita,

Pergunte aos 1,5 milhões de arménios massacrados pelos turcos otomanos;

ou aos 6 milhões de ucranianos assassinados por Estaline;

ou às dezenas de milhões de cidadãos soviéticos mortos pela União Soviética de Estaline;

ou aos 6 milhões de Judeus assassinados pelos nazis e seus colaboradores pela Europa fora;

ou aos 60 milhões de chineses asssassinados por Mao;

ou aos 2 milhões de cambodjanos assassinados por Pol Pot;

ou aos milhões mortos e escravizados no Sudão;

ou aos tutsis assassinados no genocídio no Ruanda;

ou aos milhões mortos à fome e escravizados na Coréia do Norte;

ou aos milhões de tibetanos mortos pelos chineses;

ou aos mais de um milhão de afegãos mortos pela União Soviética de Breznev.

Pergunte a qualquer uma dessas pobres almas, ou aos outros milhões de vítimas de tortura, morte, violações e escravização nos últimos 100 anos se a "opinião mundial" fez algo por eles.

Por outro lado, temos visto como a "opinião mundial" está tão atenta à morte não intencional de algumas centenas de civis libaneses atrás das quais se esconde o Hezbollah - um grupo terrorista que mata intencionalmente e que envia foguetes contra cidades israelitas, e cujos objectivos anunciados são a destruição de Israel e a islamização do Líbano.
A "opinião mundial" está constantemente contra a América e Israel, dois dos mais democráticos países do mundo, mas silenciosa sobre alguns dos países mais cruéis do mundo.

Por quê?

Eis quatro razões:

Primeiro lugar: as notícias da TV.

É difícil descrever os estragos feitos ao mundo pelas notícias da TV. Mesmo quando não conduzidas por tendências políticas - uma ocorrência global extremamente rara - as notícias da televisão apresentam um retrato completamente distorcido do mundo. Ao dependerem quase inteiramente das imagens, as notícias da TV conseguem apenas exibir imagens de sofrimento humano em/ou causadas por países livres. Assim, se a BBC, a CNN ou a SIC estivessem interessadas em mostrar o sofrimento de milhões de sudaneses ou norte coreanos - e elas não têm interesse nisso - não o poderiam fazer, porque os seus repórteres não podem visitar o Sudão ou a Coréia do Norte e filmar à vontade.
Da mesma forma, a dizimação e anexação do Tibete, uma das civilizações mais antigas do mundo, nunca passaram na televisão.

Em segundo lugar, a "opinião mundial" é moldada pela mesma falta de coragem que molda o comportamento individual dos seres humanos. Este é um outro aspecto do problema; a forma distorcida como as notícias são apresentadas. É preciso coragem para relatar os males dos regimes maus; não é preciso coragem para relatar as fraquezas das sociedades decentes. Repórteres que foram ao Afeganistão sem a permissão da União Soviética foram mortos.
Repórteres puseram as suas vidas em risco ao obterem histórias críticas do Tibete, Coréia do Norte e outras regiões governadas por regimes tiranos. Mas para relatar as más acções dos americanos no Iraque ou as investidas de Israel no Líbano nenhum deles sofrerá a morte. Talvez até ganhe um prémio Pulitzer.

Em terceiro lugar, a "opinião mundial" inclina-se para o poder. Para citar o exemplo de Israel, a "opinião mundial" teme muito mais alienar os grandes produtores mundiais do petróleo e os mil milhões de muçulmanos do que o pequeno Israel e os 13 milhões de judeus no mundo. E não só por causa de petróleo e números. Quando se ofende os muçulmanos, arriscamo-nos a provocar uma fatwa, sofrer incêndios ou atentados nos escritórios dos editores da comunicação social ou a receber ameaças de morte.

Em quarto lugar, aqueles que não lutam contra o mal condenam aqueles que têm coragem de o fazer. A "opinião mundial" não confronta a realidade do mal, mas tem uma animosidade particular para com aqueles que o fazem - na sua maior parte a América e Israel.

No momento em que reconhecermos a "opinião mundial" por aquilo que ela é - uma afirmação de covardia moral - não ficaremos mais cativos do termo.
E é quando a "opinião mundial" e as notícias da comunicação social começarem a gostar de nós, que devemos preocupar-nos com o caminho que estamos a percorrer.

Israel não teme a "opinião mundial". Já está habituado a ser "massacrado" pelos media. A preocupação de Israel não é a opinião do mundo, mas a segurança e protecção dos seus cidadãos actualmente postas em causa por um dos grupos terroristas mais diabólicos do mundo.

Shalom, Israel!

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