segunda-feira, abril 25, 2011

POPULAÇÃO SÍRIA MASSACRADA NAS RUAS PELOS TANQUES E EXÉRCITO DO DITADOR ASSAD

Depois de nos últimos dias a população síria se ter manifestado nas ruas em busca de liberdade e o fim da ditadura de um dos maiores tiranos do Médio Oriente - o presidente Bashar Assad - o dia de hoje está sendo marcado pela invasão de tanques de guerra e do exército na cidade de Deraa, havendo relatos de corpos deitados nas ruas, não se sabendo como este braço de ferro irá terminar. Talvez num banho de sangue. O ditador lança os tanques contra a população, julgando que desta forma conseguirá abafar a revolta dos humilhados e oprimidos.
Calcula-se em 350 o número dos mortos nestes últimos dias, e pelo que parece, a situação tende a agravar-se. Segundo testemunhas locais na cidade, os tanques dispararam contra a população. À medida que o exército tenta reconquistar o controle da cidade de Deraa, a sul do país, os manifestantes informam que as forças leais ao ditador Assad tentam também irromper pela cidade de Douma, nos subúrbios da capital Damasco, onde têm havido enormes manifestações de protesto anti-Assad. A cidade de Deraa tem estado desde há um mês debaixo do controle dos manifestantes anti-Assad.
Num novo avanço desta manhã, a Síria fechou todas as suas fronteiras com a vizinha Jordânia depois da colocação de tanques e carros do exército na cidade de Deraa.
Um diplomata presente na capital da Jordânia declarou que as duas principais fronteiras com a Síria, em Deraa e Nassib, do lado sírio, estão fechadas ao tráfego, certamente "relacionado com aquilo que parece ser uma grande operação de segurança que está agora tendo lugar."
Na quinta-feira passada, o ditador Assad tinha levantado o estado de emergência imposto há 48 anos, mas os activistas afirmam que a violência que irrompeu no dia seguinte, matando pelo menos 100 pessoas comprova que Assad não leva a sério os apelos para que haja liberdade política na Síria.
Os raids de hoje nas cidades de Deraa e Douma parecem mostrar que Assad, que sucedeu em 2000 ao seu pai falecido nesse mesmo ano e que governou a Síria com mão de ferro durante 30 anos estava determinado a esmagar a oposição pela força.
Os residentes de Deraa afirmam que há centenas de militares na cidade.
Há relatos de corpos espalhados pelo chão de uma das ruas centrais da cidade, perto da mesquita Omarti, após oito tanques e dois carros armados terem sido estacionados no quarteirão antigo da cidade.
Segundo os relatos, as pessoas estão-se abrigando nas casas, ninguém se atrevendo a sair à rua para recolher os corpos, havendo snipers colocados no topo de edifícios e que disparam sobre a população e contra as próprias casas das pessoas. Segundo outros relatos, as casas têm-se tornado em hospitais, e vê-se uma nuvem de fumo negro subindo da cidade.
A maioria dos jornalistas estrangeiros foram expulsos do país, tornando impossível a verificação da situação no terreno. Alguns manifestantes têm conseguido colocar na internet alguns videos caseiros mostrando as tropas sírias disparando contra as multidões desarmadas.
Na opinião de Joel Brinkley, jornalista premiado com o Prémio Pullitzer, "Assad é o homem mais perigoso à face da terra", chegando a ser pior que o ditador iraniano Ahmadinejad, uma vez que "este ditador de duas caras tem ludibriado presidentes e primeiros-ministros, fazendo-os acreditar que ele é o amigo indispensável com quem eles podem contar - apesar de ele ter facilitado a assassínio de tropas americanas, armazenar armas de destruição massiça e e servir de abastecedor de armas para os grupos terroristas."
E como sempre tem acontecido, a secretária de estado norte-americana Hillary Clinton, conhecida por andar a dar tiros nos pés, errou mais uma vez ao chamar Assad de "reformador", quando este tentou demonstrar o seu interesse em aliviar a força do regime ditatorial no mês passado, durante o início das manifestações de revolta na Síria.
O próprio Obama parece querer manter o namoro com o regime de Assad, que considera "um elemento chave para a paz na região", ao condenar a violência por parte do regime, mas também por parte dos manifestantes. Resta saber qual a visão que o sr. Hussein Obama tem de liberdade e direitos humanos...
Uma coisa é certa: a revolução síria é imparável, e é importante que o mundo acompanhe a situação passo a passo, não permitindo que aquele regime ditatorial venha pouco a pouco espezinhando a população civil, ávida de liberdade e justiça social. E que uma intervenção militar internacional seja eventualmente a solução para defender a população, já que Assad é certamente um perigo e ameaça muito maior para a estabilidade e paz do Médio Oriente do que Khadafi, que os membros da NATO se apressaram - relativamente - a combater...
E que estas revoltas não transbordem para Israel, desejoso como está de manter a "paz fria" com o seu vizinho sírio...
Shalom! 

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