quinta-feira, novembro 03, 2011

ESTARÁ EMINENTE UM ATAQUE AO IRÃO?

PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃO

UM DOS SÍTIOS ONDE O PROGRAMA NUCLEAR IRANIANO ESTÁ SENDO DESENVOLVIDO

UM POSSÍVEL ATAQUE PODERIA USAR AS FORÇAS DESTACADAS NO IRAQUE E NO AFEGANISTÃO
Tudo leva a crer que sim. Segundo informações que "escaparam" para a comunicação social, o primeiro-ministro de Israel terá reunido com os líderes israelitas numa série de encontros para abordarem a possibilidade de uma acção militar preventiva contra o Irão. Crê-se que ainda não terá sido tomada uma decisão final.
Uma sondagem à opinião pública israelita publicada hoje revela que o governo de Israel teria um significativo apoio da população para um ataque militar ao programa nuclear do Irão.

Esta possibilidade de um ataque ao Irão ganhou força quando se sabe que Israel lançou ontem com grande sucesso um míssil capaz de transportar uma ogiva nuclear e atacar o Irão.
Na sondagem feita à opinião pública, 41% dos inquiridos disseram apoiar um ataque israelita às instalações nucleares iranianas, que muitos israelitas acreditam terem sido construídas para produzir bombas.
Um número próximo - 39% - opõe-se a tal ataque, temendo que hajam dificuldades logísticas e se arrisque um contra-ataque iraniano mortífero e o caos regional. Vinte por cento estavam indecisos.
A sondagem foi publicada pelo diário Haaretz e foi feita a 495 pessoas, com uma margem de erro de 4,6%. Apesar de a mesma dar a impressão de uma nação dividida, o facto de 4 em cada dez israelitas apoiarem um ataque é impressionante, dadas as implicações para Israel. Ontem mesmo, o chefe militar do Irão ameaçou com uma terrível retaliação contra Israel no caso de este atacar as instalações nucleares iranianas.

Não se sabe ao certo se Netanyahu quer mesmo atacar ou se estará antes a instigar a comunidade internacional para tomar medidas mais duras contra o Irão. Esta não é uma decisão para a qual ele esteja autorizado a intervir sozinho. Netanyahu precisará do apoio dos ministros do seu gabinete ministerial.
Israel considera o Irão como a sua maior ameaça, devido ao seu programa nuclear, as constantes repetições dos apelos do presidente para a destruição de Israel e o apoio do Irão aos grupos militantes palestinianos e libaneses. Desde há vários anos que Israel vem apelando à comunidade internacional para que imponha duras sanções económicas de forma a pressionar os iranianos a desmantelarem as suas instalações nucleares.

Mas disseram também que Israel não pode tolerar um Irão nuclearmente armado e por isso não tem descartado a possibilidade de um ataque militar.
E há precedentes para um ataques destes. Em 1981 a aviação de Israel bombardeou um reactor nuclear no Iraque ainda em fase de acabamento, destruindo o programa nuclear daquele país. Os aviões israelitas também destruíram um sítio na Síria, em 2007, que os observadores da ONU confirmaram ser um reactor nuclear construído secretamente.  
Um ataque ao programa nuclear do Irão seria substancialmente mais difícil, uma vez que as instalações nucleares estão mais espalhadas, e algumas são móveis e construídas debaixo de terra. E por não estarem concentradas num único lugar, seria extremamente difícil para Israel destruir o programa com um simples ataque aéreo.
Ora é exactamente neste clima "carregado" que os militares israelitas informaram ontem que testaram com sucesso um míssil de longo alcance capaz de transportar uma ogiva nuclear até ao Irão. Oficiais do exército também confirmaram que a Força Aérea conduziu um exercício na semana passada com aviões de guerra italianos na Sardenha.
As potências internacionais duvidam das alegações iranianas de que o seu programa nuclear se destina unicamente à produção de energia e não armamento, mas as sanções impostas ao Irão têm até agora falhado em persuadir Teerão a permitir que o seu programa nuclear seja superviosionado pelos inspectores internacionais.
A agência nuclear das Nações Unidas estará focalizando a sua atenção no programa nuclear do Irão numa reunião a realizar no final deste mês. O Ocidente quer apresentar ao Irão um data limite para que este possa começar a cooperar com a agência, prova de que suspeita de que o Irão está a experimentar secretamente componentes do programa nuclear.

INGLATERRA E EUA JUNTOS PARA ATACAR O IRÃO?
Entretanto, informações divulgadas ontem pela comunicação social dão conta de planos que estão sendo traçados conjuntamente pelo Reino Unido e os EUA para um ataque conjunto ao Irão, face às crescentes tensões no Médio Oriente.
Segundo essas informações, Barack Obama e David Cameron estarão a preparar-se para a guerra após relatos de que o Irão tem agora suficiente urânio enriquecido para quatro armas nucleares.

O regime duro do presidente Ahmadinejad em Teerão tem estado recentemente ligado a três tentativas de assassinatos em território estrangeiro.
O Irão tem estado no foco das atenções logo a seguir ao fim do conflito na Líbia.  
O presidente americano Barack Obama afirmou que o programa nuclear do Irão continua a ser uma ameaça e que o presidente francês Nicholas Sarkozy quer que a comunidade internacional mantenha a pressão no país para admitir as suas reais intenções.
Contrariamente ao desejo dos países ocidentais, a Rússia e a China continuam a lutar para que o "aliado" Irão não seja forçado a revelar o seu programa nuclear, sendo que a própria China continua a fornecer mísseis avançados e outro armamento convencional ao Irão, numa clara violação das sanções impostas pela ONU ao Irão...
O petróleo do Irão fala mais alto aos ouvidos da China, um país que como se sabe não tem qualquer respeito pelos direitos humanos, muito menos pela democracia, pelo que juntamente com a Rússia continua a ser o maior fornecedor de armas aos amigos iranianos...
Este ano de 2011 tem-nos surpreendido com acontecimentos marcantes que mudaram por completo o rumo da História, especialmente na região do Médio Oriente. E talvez o ano não termine sem uma guerra com consequências imprevisíveis. A guerra só se justifica em legítima defesa, e se Israel ou outro país atacar o Irão nada mais será do que um ataque preventivo contra um Mal que não só está presente mas que ameaça provocar mais um sério problema para a região.
Shalom, Israel!

1 comentário:

Antonio disse...

Se vai atacar, quanto mais tarde pior; se não atacar, corre mais riscos quanto mais o tempo passa; se atacar somente as instalações nucleares, provavelmente estará permitindo ao Irão o primeiro ataque militar; se vai atacar, tem de atacar TODOS os alvos importantes, principalmente os alvos militares, diminuindo a força iraniana ao responder ao ataque. Um ataque total seria o mais seguro para Israel, ao invés de atacar somente as instalações nucleares...