sábado, janeiro 07, 2012

AHMADINEJAD INICIA VISITA AOS "AMIGOS" LATINO-AMERICANOS

Naquilo que alguns consideram o "desespero" do ditador iraniano, o momento de visitar "amigos" e tentar namorar outros no mercado fértil da América Latina é propício para lembrar-lhes que, apesar de serem "o quintal da América" (palavras do ditador), eles podem contar com o apoio do Irão, ainda que seja o Irão quem mais precisa agora do apoio desses "amigos".
A pressão internacional dos países ocidentais ao Irão aumenta a cada dia, na forma de sanções e embargos, pelo que Ahmadinejad corre desesperado em busca do apoio dos amigos da desgraça.
E é claro que a visita inicia-se amanhã com o encontro com o "grande amigo e companheiro de luta" Hugo Chavez, o louco presidente venezuelano que, não conseguindo resolver os gravíssimos problemas domésticos, lança suspeitas aos EUA de andarem a propagar o câncer pelos vários presidentes latino-americanos. Talvez Hugo Chavez se devesse preocupar mais com o perigoso abraço que receberá do seu pária, esse sim, impregnado de vírus mortais e radioactivos...
Amanhã ao fim do dia Ahmadinejad chegará a Caracas para o início desta peregrinação de 5 dias que o levará a 4 países, incluindo a Nicarágua, para a tomada de posse do recém-reeleito Daniel Ortega.
O presidente do Irão irá ainda visitar Cuba e o Equador. Todos os 4 países a visitar têm relações muito frias com os Estados Unidos, e os seus líderes têm nos últimos quatro anos feito numerosas visitas a Teerão para construírem laços diplomáticos e comerciais, ao mesmo tempo que o relacionamento com Washington se vai agravando.

O director para as questões internacionais do regime iraniano, Mohammad Reza Forqani, informou que a visita "àquilo que costumava ser chamado de quintal da América mostra o dinamismo da diplomacia da República Islâmica do Irão na arena internacional".A viagem também "invalida as alegações dos inimigos" - terá Forqani também dito à comunicação social iraniana na passada Terça-Feira - numa clara alusão a Washington.
Segundo informações prestadas pela agência noticiosa oficial do Irão, Ahmadinejad falará aos líderes latino-americanos sobre "laços bilaterais e assuntos regionais e internacionais".Ontem mesmo os Estados Unidos apelaram aos países latino-americanos para que não aprofundem as suas ligações ao Irão.
"À medida que o regime sente a crescente pressão, fica desesperado à procura dos amigos e vagueando por aí em locais interessantes à procura de novos amigos" - partilhou Victoria Nuland, secretária do departamento do estado norte-americano.
Carlos Romero, professor de relações internacionais na Universidade Central da Venezuela, agora aposentado, disse que Ahmadinejad estava "tentando encontrar oxigénio na América Latina", na altura em que as ligações com outros estados continuam a ir por água abaixo.

"O seu país está numa situação muito complicada a nível internacional, e está sendo internamente desafiado pelos crescentes protestos nas redes sociais" por causa das denúncias ao regime em questões de direitos humanos, não só no Irão, como também na Síria - afirmou Romero.
Enquanto a comunidade internacional e muitos estados vizinhos têm condenado a Síria e o seu presidente Bashar al-Assad pela repressão que há vários meses tem sido exercida sobre as pessoas que protestam nas ruas, o aliado Ahmadinejad tem permanecido leal à liderança de Damasco.
O presidente iraniano será acompanhado pelos seus ministros para os assuntos externos, ministro do comércio, minas e energia.
Ahmadinejad visitou a Venezuela pela última vez em 2009, mas deveria tê-lo feito também em Setembro de 2011, sendo que a viagem foi cancelada devido ao diagnóstico de cancer em Hugo Chavez. O líder venezuelano, que agora se declara livre dessa doença, visitou o Irão pela última vez em Outubro de 2010.
Contudo, a maior potência económica da região, o Brasil, está admiravelmente fora do itinerário das visitas de Ahmadinejad.

Lytton Guimarães, perito em assuntos latino-americanos na Universidade de Brasília, disse que a omissão indica que a presidente Dilma Rousseff está adoptando uma política mais contida com o Irão do que o seu predecessor Luis Inácio Lula da Silva.
"O Brasil agora nem irá defender nem atacar o Irão. Ficará imóvel" - afirmou Guimarães.
A União Europeia espera poder chegar a um acordo para sancionar um embargo ao petróleo do Irão em finais de Janeiro e está actualmente procurando fontes alternativas para o fornecimento de petróleo aos países ainda dependentes do petróleo do Irão.  
O Irão tem sido o quinto maior fornecedor de petróleo à União Europeia, logo atrás da Rússia, Noruega, Líbia e Arábia Saudita.
Bem haja o Brasil por esta sábia e prudente decisão de não receber no seu espaço este representante máximo da crueldade e do ódio contra a própria sobrevivência da civilização ocidental.
Shalom!

1 comentário:

Zafenate Panéia disse...

Simplesmente a visita de um cachorro louco a outro atacado pela raiva, que já se foi. que Deus salve ISRAEL.
SHALOM