sábado, fevereiro 04, 2012

UMA VERGONHA: RÚSSIA E CHINA VETAM PROPOSTA DE CONDENAÇÃO AO REGIME QUE MASSACRA O SEU PRÓPRIO POVO!

funeral de vítimas do massacre de ontem
A Rússia e a China vetaram hoje uma proposta de resolução ao Conselho de Segurança da ONU apoiada pelos países ocidentais e países árabes, para a deposição do criminoso presidente sírio Bashar Assad, responsável pelo banho de sangue a que a Síria está assistindo.  
Apesar de a Rússia e a China serem campeões no desrespeito pelos direitos humanos, esperava-se que o sangue das vítimas dos massacres que corre pelas ruas das cidades sírias levasse os russos e os chineses a reagirem contra esse verdadeiro massacre. Mas, obviamente não podiam fazer outra coisa que erguer as mãos manchadas de sangue para vetar a resolução proposta, causando ondas de indignação em todo o mundo civilizado.
O recuo nos esforços diplomáticos para terminar a revolta popular de forma pacífica veio depois de líderes mundiais e activistas da oposição síria terem acusado as forças de Assad de matarem centenas de pessoas num bombardeamento à cidade de Homs, na mais sangrenta noite dos 11 meses de levantamento popular neste importante país árabe.
veto da China
A embaixadora norte-americana disse que o seu país está "desgostoso" com a votação, enquanto que o embaixador francês Gerard Araud disse que depois da resolução ter sido vetada "é um dia triste para o Conselho, um triste dia para os sírios e um triste dia para todos os amigos da democracia". Araud disse que a Rússia e a China se "tornaram cúmplices numa política de repressão levada a cabo pelo regime de Assad".
O embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, disse que a proposta de resolução da ONU apelando a uma transferência de poder na Síria era "desiquilibrada" e "não reflectia a realidade da situação na Síria". Pouco antes da votação do Conselho de Segurança, o presidente norte-americano Barack Obama denunciou o "inqualificável assalto" a Homs, exigiu que Assad abandonasse imediatamente o poder e apelou a uma acção da ONU contra a "intolerável brutalidade" de Assad.
"O governo sírio assassinou ontem centenas de cidadãos sírios, incluindo mulheres e crianças, em Homs, através de artilharia e outra violência indiscriminada, e as forças sírias continuam a impedir que centenas de civis feridos possam conseguir ajuda médica" - disse Obama numa declaração. E acrescentou: "Qualquer governo que brutaliza e massacra o seu próprio povo não merece governar". Tanto Obama como outros líderes ocidentais e árabes colocaram uma imprecedente pressão sobre a Rússia, aliado da Síria, de forma a permitir que o Conselho de Segurança passasse uma resolução apoiando um apelo da Liga Árabe para que Assad transferisse os seus poderes para outro ministro.
A França apelidou o assalto a Homs de "um massacre" e "um crime contra a humanidade". A Turquia informou que foram mortas centenas de pessoas, e que a ONU tinha de agir. A Tunísia expulsou o embaixador sírio e a bandeira sobre a sua embaixada foi baixada.

O número de mortos referidos pelos activistas e grupos da oposição síria variam entre os 237 e os 260, fazendo do ataque a Homs o mais mortífero até agora, depois que se iniciaram os protestos contra Assad e foi um dos mais sangrentos episódios da "primavera árabe" - as revoltas que têm assolado a região.
A secretária de estado norte-americano Hillar Clinton afirmou na conferência na ONU: "À medida que um tirano em Damasco brutaliza o seu próprio povo, a América e a Europa estão juntas, ombro com ombro. Nós estamos unidos, ao lado da Liga Árabe, exigindo um fim para o banho de sangue e um futuro democrático para a Síria".
A Rússia tem evitado todo o tipo de linguagem no Conselho de Segurança que possa abrir uma porta a uma "mudança de regime" na Síria, um raro aliado russo no Médio Oriente onde Moscovo opera uma base naval e para quem vende biliões de dólares em armamento sofisticado.
Clinton e Lavrov encontraram-se na conferência, naquilo que um oficial do Departamento de Estado dos EUA apelidou de "uma vigorosíssima discussão".

Todos os outros membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo o português, condenaram e lamentaram o veto destes 2 países tão solidários com o regime cruel de Assad. Afinal, o dinheiro sempre falou mais alto...
E eu pergunto: onde estão agora as vozes de condenação dos "democratas de esquerda" aqui do meu país, tão zelosos em condenar Israel quando este se vê obrigado a se defender dos ataques ao seu território e povo? Então agora não se manifestam? Claro que não! Afinal, contrariar as opiniões dos amigos "democratas" russos e chineses poria em risco a credibilidade e quiçá a estabilidade dos "democratas" do PCP, BE e outros da mesma laia. Nada para admirar: afinal, cada um defende os seus interesses, mas, perdoem-me os mais sensíveis: enoja-me ouvir essa gente falar de direitos humanos...
Shalom!

1 comentário:

Anónimo disse...

Rússia e China, o Eixo do Mal em Aliança com Irão, Coreia do Norte, Síria, Venezuela, Cuba, Brasil e outros mais...

(o "PORQUÊ do apoio da Rússia ao brutal regime selvagem da Síria):

http://movv.org/2012/02/11/a-russia-vende-36-treinadores-avancados-yak-130-a-siria-por-550-milhoes-de-dolares/

(China continua a sua brutalidade contra o Tibete)

Por sua vez, a mastodôntica e cruel China, com o seu regime de brutamontes comunas, vergasta como nunca o Tibete e chacina o seu desarmado, indefeso e pacífico povo:

http://movv.org/2012/02/10/o-tibete-esta-a-ferro-e-fogo/

Mas como aqui não é a "causa" palestiniana (a causa raivosa árabe, melhor dito), para esta e para dezenas de outras "causas" (verdadeiras matanças em massa pelo mundo), as ONGs, os desfiles dos imbecis indignados em Londres, Paris e Madrid, a gritaria dos campeões dos direitos humanos, os ditames dos salvadores do universo e a arruaçada da restante comunalhada saída do mesmo saco de vermes, para aí já não chiam!!!

...e as estalinistas teias da "des-comunicação social ficam, para estas "causas", cínica e hipócritamente de boca cozida ... porque não são os odiosos "imperialistas" dos EUA, nem o malvado Israel (que não tem direito sequer a existir), nem a meio-derrocada Europa (já com os dias contados pelo Islão).

Manuel Cunha